Tina Turner: A Rainha do Rock’n Roll, morre aos 83 anos

Tina T. alcançou a fama no final dos anos 60 como vocalista da banda Ike & Tina Turner Revue, porém, mais tarde, ela conquistou reconhecimento global com uma brilhante carreira solo.

Tina Turner, uma das maiores vozes do pop, faleceu nesta quarta-feira (24) aos 83 anos. O falecimento da cantora foi confirmado por seu agente, Bernard Doherty, que declarou: “Tina Turner, a ‘Rainha do Rock’n Roll’, faleceu pacificamente hoje aos 83 anos, após uma longa doença em sua residência em Kusnacht, próximo a Zurique , na Suíça. Com sua partida, o mundo perde uma lenda da música e um exemplo a ser seguido.”

Uma mensagem também foi publicada na conta oficial da cantora no Instagram, diz o texto: “É com grande tristeza que anunciamos o falecimento de Tina Turner. Com sua música e sua paixão sem limites pela vida, ela encantou milhões de fãs ao redor do mundo e inspirou as estrelas de amanhã. Hoje nos despedimos de uma querida amiga que nos deixa sua maior obra: sua música. Toda a nossa sincera compaixão vai para a família dela. Tina, sentiremos muito sua falta”. 

Conheça um pouco da história de Tina Turner

Nascida em 26 de novembro de 1939, em Nutbush, Tennessee (EUA), Anna Mae Bullock deu seus primeiros passos no mundo da música como cantora no coral da igreja quando ainda era criança. Sua jornada artística teve início no final da década de 1950, enquanto frequentava o ensino médio em East St. Louis, no estado de Illinois. Foi em 1957, no Manhattan Club, em East St. Louis, onde sua irmã, Alline, serviu como garçonete, que ela conheceu Ike Turner e começou a cantar no grupo Kings of Rhythm.

Sob o nome artístico de Little Ann, ela fez sua estreia creditada no disco “Boxtop” em 1958. Somente em 1960, no single “A Fool in Love”, seu primeiro grande sucesso ao lado de Ike Turner, ela passou a ser apresentadora como Tina Turner. Nessa época, eles iniciaram um relacionamento e se casaram em 1962.

Durante as décadas de 1960 e 1970, a parceria Ike & Tina Turner conquistou um lugar de destaque no cenário musical americano, tornando-se um dos maiores nomes do pop. Seus sucessos, como “It’s going to work out fine”, “River Deep – Mountain High”, “Proud Mary” e “Nutbush City Limits”, fizeram história e cativaram o público.

Histórico de agressões

No entanto, por trás do sucesso, a vida pessoal de Tina foi marcada por abusos e violência doméstica. Ela sofria agressões constantes por parte de Ike, cujo comportamento é de forma considerável e uso de drogas contribuíram para o ambiente tóxico em seu relacionamento. Tina revelou em sua autobiografia “Eu, Tina: A história de minha vida” (lançada em 1986) os detalhes dolorosos desses abusos, incluindo uma tentativa de suicídio em 1968.

Em 1976, Tina decidiu finalmente se separar de Ike e, automaticamente, abriu mão de seus bens para iniciar uma nova vida. Ela assumiu dívidas resultantes de shows cancelados e manteve o sobrenome Turner, mostrando sua autoridade em seguir sua carreira musical solo.

A volta por cima na carreira de sucesso de Tina Turner

A década de 1980 marcou uma virada significativa na carreira de Tina Turner. Seu álbum “Private dancer” (1984), lançado pela Capitol Records, foi um enorme sucesso e impulsionou sua carreira para o astro global. O álbum incluiu sucessos como “What’s love got to do with it”, “Better be good to me” e “Private dancer”. Tina se tornou uma das artistas mais populares e respeitadas da música, com sua voz poderosa e presença magnética no palco.

Além do sucesso musical, Tina Turner também fez incursões no cinema. Ela estrelou o filme “Mad Max 3: Além da cúpula do trovão” (1985), onde interpretou a vilã Titia Entidade, conquistando elogios por sua atuação. O filme se tornou um grande sucesso e trouxe ainda mais reconhecimento para Tina como uma artista cruzada.

Em 1991, Tina Turner recebeu uma homenagem especial ao ser dirigida no Rock and Roll Hall of Fame, reconhecendo sua contribuição significativa para o mundo da música. Ela continua a lançar álbuns aclamados, como “Wildest Dreams” (1996) e “Twenty Four Seven” (1999), demonstrando sua habilidade em se reinventar e se adaptar aos novos filhos e tendências.

Além de sua carreira musical, Tina encontrou amor e estabilidade em sua vida pessoal. Em 1995, ela se mudou para a Suíça com seu sócio e empresário, Erwin Bach. O casal se casou em uma cerimônia budista em 2013, selando seu compromisso ao longo dos anos.

Em 2008, Tina Turner anunciou sua aposentadoria dos palcos, encerrando sua carreira de forma triunfal com a turnê “Tina!: 50th Anniversary Tour”. Ela deixou um legado inegável na música, sendo reconhecida como uma das maiores intérpretes e artistas do rock ‘n’ roll.

Infelizmente, em 2018, Tina iniciou uma batalha contra o câncer no intestino. Ela recebeu um transplante de rim do marido, Erwin Bach, para ajudar em sua recuperação. Tina mostrou sua força e resiliência ao enfrentar essa doença, tornando-se uma inspiração para muitos.

A despedida

No dia 24 de maio de 2023, Tina Turner morre aos 83 anos. Sua morte deixou o mundo da música de luto, perdendo não apenas uma lenda, mas também um exemplo de coragem, coragem e talento. Sua voz poderosa, seu estilo inconfundível e sua presença magnética no palco continuarão a inspirar gerações futuras de artistas e fãs ao redor do mundo.

Tina Turner deixou um legado musical imortal, com hits memoráveis ​​e performances marcantes. Sua história de vida é um testemunho de resiliência, superação e triunfo sobre adversidades, mostrando que é possível encontrar a força para seguir em frente e realizar os sonhos, independentemente dos desafios enfrentados. Seu impacto na música e na cultura popular perdurará para sempre, tornando-a uma verdadeira lenda do rock ‘n’ roll.

O porta-voz de Tina Turner informou que haverá uma cerimônia fúnebre privada, que contará com a presença de amigos próximos e familiares. O comunicado pede respeito à privacidade da família durante esse momento difícil.

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